Pandemia do coronavírus tem reflexos na Feira do Peixe do Rio Grande
06/04/2020 12:44 em Variadas

A comercialização de pescado durante a Semana Santa, esse ano, chega com um ingrediente a mais: a preocupação com a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Em Rio Grande, município que se destaca pela venda do produto nessa época, existem bancas autorizadas a vender, desde fevereiro e até abril. Outras estão com autorização para comercializar somente em três dias da Semana Santa, quarta, quinta e sexta-feira. Mas alguns pescadores que, em outros anos, optavam em colocar o pescado à venda nesse período, agora estão seguindo as orientações dos órgãos da Saúde e preferem ficar em casa, mesmo vendendo pouco, do que se arriscar e serem contaminados pelo vírus. Ainda assim, a Feira do Peixe 2020 vai ocorrer no município.

Conforme divulgado pelo secretário-adjunto da Secretaria de Município da Pesca (SMP) da Prefeitura do Rio Grande, Jonathan Pereira, em 2019, 50 bancas pediram autorização para comercializar pescado, durante a Semana Santa. Esse ano, apenas 22 bancas solicitaram o alvará para vender o produto. Um dos pescadores que desistiu de colocar banca é Alsione Pereira. Para ele, “vender pouco e arriscar pegar coronavírus não vale a pena”.

Outra consequência com a pandemia é que as reuniões da Vigilância Sanitária (setor da Secretaria de Município da Saúde – SMS) para repassar informações sobre as boas práticas para venda dos produtos, também, estão prejudicadas. Aglomerações devem ser evitadas durante o período de pandemia do novo coronovírus, alerta Jonathan. Com isso, a SMP, junto com a Vigilância Sanitária, está organizando um grupo de WhatsApp para orientar os comerciantes sobre as boas práticas de venda.

Boas práticas para venda

O Manual de Boas Práticas na Manipulação do Pescado, distribuído em anos anteriores aos pescadores interessados em vender a produção na Semana Santa, esse ano, vai ser divulgado intensamente via Internet num grupo de WhatsApp. No material, existem orientações sobre higiene das mãos (atualmente, uma das principais recomendações para se evitar a contaminação pelo vírus), métodos de conservação do pescado, quantidade necessária de gelo, higiene das instalações e dos equipamentos e exigências legais para peixarias, bancas de pescado, feiras livres, ambulantes e para transporte de pescados. “Recomendações sobre prevenção ao novo coronavírus, também, vão ser repassadas”, reforça o secretário-adjunto.

Gerente da Unidade de Vigilância Sanitária da SMS, Antônio César Corrêa afirma que o que está no Manual de Boas Práticas é o que deve ser seguido pelo comerciante e “a nossa ideia é fazer a fiscalização nas bancas espalhadas pela cidade”. Ele lembra que “a orientação é evitar aglomeração e manter distância de 2m (dois metros) nas filas, se houver”. A Vigilância vai verificar, ainda, a qualidade dos produtos a serem vendidos.

 

Assessoria de Comunicação / PMRG

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