Estudo revela que, mesmo sem acompanhamento presencial, os pacientes tiram proveito de atividades físicas em segurança
A neurologista Nicolien van der Kolk tem duas boas notícias para indivíduos com Parkinson, condição marcada por tremores e rigidez da musculatura: “Em primeiro lugar, eles conseguem fazer atividades aeróbicas em intensidade moderada sem supervisão direta. Em segundo, essas práticas atenuam os problemas motores”.
Ambas as conclusões vêm de uma investigação que a expert conduziu no Centro Médico Universitário Radboud, na Holanda. Ela e seus colegas recrutaram 130 voluntários com Parkinson e os separaram em dois grupos: um pedalava numa bicicleta ergométrica em casa, enquanto a outra só se alongava — as duas recebiam apoio de profissionais a distância.
Após seis meses, a primeira turma reportou uma melhora mais acentuada dos sintomas, sem apresentar nenhum risco adicional. Só que, antes de entrar na vida ativa, é imprescindível conversar com o doutor.
Os cuidados exigidos
Autorização médica: alguns quadros frequentes do Parkinson pedem atenção redobrada ou exames adicionais.
Medicamentos: é necessário esperar os remédios surtirem efeito para começar o treinamento com segurança.
Alongamento: esticar o corpo inteiro auxilia a evitar a atrofia muscular típica dessa enfermidade.
Sinais de alerta: se sentir tontura ou estiver perdendo o equilíbrio, suspenda a sessão e marque uma consulta.
Outras atividades
Alguns especialistas prescrevem treinos complexos, com múltiplos estímulos, para desenvolver o equilíbrio e a coordenação das vítimas do Parkinson. A dança é uma modalidade que cumpre esses requisitos, por exemplo. Entretanto, quanto maior o desafio, maior a necessidade de supervisão e também o preparo prévio.
Acessoria de Imprensa/Saúde.Abril