Saiba sobre os principais acordos comerciais firmados
Em 2019, o Brasil saiu do isolamento e recuperou a credibilidade internacional. Foram assinados importantes acordos comerciais e firmados convênios de cooperação com outras nações. Entre os destaques está o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que se arrastava por 20 anos com negociações interrompidas e resistências de ambos os lados. A conclusão do acordo foi um marco para a nova diplomacia brasileira e a conquista pode resultar num incremento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de quase US$ 90 bilhões para os próximos anos.
Marco histórico no relacionamento entre a América do Sul e Europa, o acordo firmado entre o Mercosul e a União Europeia constitui uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Pela importância econômica e abrangência das disciplinas, é o acordo mais amplo e de maior complexidade já negociado pelo Mercosul. Os dois blocos representam, juntos, cerca de 25% do PIB mundial e constituem mercado de 780 milhões de pessoas. A conclusão do acordo ressalta o compromisso com a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade. O acordo contempla, ainda, temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.
Estimativas do Ministério da Economia indicam que o acordo Mercosul – União Europeia representará um incremento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas a redução das barreiras não tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção. O aumento de investimentos no Brasil, no mesmo período, será da ordem de US$ 113 bilhões. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a União Europeia apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035.
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Mercosul – EFTA
Outro acordo importante foi firmado entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), bloco integrado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. A negociação amplia os mercados para produtos e serviços brasileiros, promove o incremento de competitividade da economia nacional ao reduzir custos produtivos e garante acesso a insumos de elevado teor tecnológico com preços mais baixos. Os consumidores serão beneficiados com acesso a maior variedade de produtos a preços competitivos. Com o acordo, ficam estabelecidos novos compromissos de desgravação tarifária e de natureza regulatória.
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Brasil – Israel
O Brasil também ampliou parcerias com outras nações amigas. Com Israel, foram assinados acordos nas áreas de defesa, serviços aéreos, prevenção e combate ao crime organizado, ciência e tecnologia e um memorando de entendimento em segurança cibernética. O acordo para o intercâmbio de informações sobre segurança pública e sobre prevenção e luta contra o crime organizado foi assinado em Jerusalém, em 31 de março, durante visita oficial do presidente Jair Bolsonaro. A cooperação bilateral busca promover, desenvolver, otimizar e estreitar a parceria institucional em todas as vertentes da gestão de segurança pública nacional e de combate às organizações criminosas transnacionais.
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Ásia e Oriente Médio
O Governo Federal também foi bem-sucedido em negociações com a China, que abriu o mercado para o agronegócio brasileiro. Maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, o país também é o principal mercado para as exportações agropecuárias brasileiras e destino de 38% das vendas totais do setor. Em outubro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro esteve reunido com o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim. Na ocasião, assinaram vários acordos bilaterais em agricultura e comércio, energia e educação e pesquisa. Além da China, também foram pactuados atos de cooperação na área de saúde com o Catar e oito acordos em áreas como defesa e tecnologia com os Emirados Árabes Unidos.
Saiba mais sobre visita do presidente ao Japão, China, Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita
Liberação de vistos
Após a isenção de vistos a países estratégicos, a entrada de turistas americanos, canadenses e australianos no Brasil cresceu 25%, de julho até outubro deste ano, comparado com o mesmo período de 2018. As informações divulgadas pelo Ministério do Turismo, revelam, ainda, que os Estados Unidos, maior emissor dentre os contemplados pela isenção, apresentou aumento de 25,79% no número, saltando de 56.668 para 71.281 visitantes. Em julho deste ano, US$ 598 milhões foram injetados na economia brasileira por turistas estrangeiros, contra US$ 417 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, aumento de 43,4%. Segundo a Organização Mundial de Turismo, medidas de facilitação de viagens podem gerar um aumento de até 25% no fluxo de viajantes entre países.
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Acessoria de Comunicação/Com informações da Agência Brasil, Ministério da Justiça e Segurança Pública e Ministério das Relações Exteriores