O macarrão, cujo dia é celebrado mundialmente hoje (25), está presente em 99,3% dos lares brasileiros, mostra pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi). O brasileiro é o terceiro maior produtor mundial de macarrão, segundo estudo da Organização Mundial de Pasta (IPO).
“A pesquisa revelou que o Brasil come muito macarrão. Somos o terceiro produtor mundial em volume [de macarrão]. Perdemos para a Itália e para os Estados Unidos”, disse Claudio Zanão, presidente executivo da Abimapi, em entrevista à Agência Brasil. Quanto ao consumo, no entanto, o brasileiro consome cerca de 6 kg de macarrão por pessoa, bem abaixo da Itália, onde o consumo é o maior do mundo e chegava a 25,3 kg por pessoa em 2013, de acordo com a IPO.
Segundo uma teoria, o macarrão teria surgido na China há 4 mil anos e se espalhado pela a Itália por meio do explorador italiano Marco Polo, embora haja outras versões dizendo que ele já existia no Ocidente antes disso.
Na Itália, ele é tão popular, disse Zanão, que há mais de 500 tipos de massas. No Brasil, chegou, segundo ele, por meio da Família Real e se difundiu por todo o país por meio dos imigrantes italianos.
As massas secas (tradicional, caseira, sêmola, integral, grano duro e com ovos) são as preferidas dos brasileiros, respondendo por 81,3% do consumo, o que correspondia a cerca de 744,9 mil toneladas no ano passado, segundo a Abimapi.
Em seguida, aparecem as instantâneas [lámen], com 14,7% (134,6 mil toneladas), e as frescas [que necessitam refrigeração], com 4% (ou 36,6 mil toneladas).
As massas secas são mais consumidas por pessoas das classes D e E, enquanto as frescas pelas classes A e B. As instantâneas, por sua vez, são consumidas por pessoas das classes D e E, principalmente jovens.
A preferência do brasileiro é pelo espaguete, principalmente com o molho à bolonhesa [preparado com tomate e carne moída]. Outra massa que se destaca é a lasanha seca.
“Infelizmente, 50% dos brasileiros gostam mais do espaguete. E digo infelizmente porque temos mais de 60 tipos diferentes [de massas]”, disse Zanão.
Outra preferência brasileira é comê-lo em casa. “Onde se gasta mais com macarrão é dentro de casa, talvez pela aceitação, pela praticidade em prepará-lo ou por ser um produto nutritivo também”, disse o presidente executivo da associação.
O grano duro, muito consumido na Europa, por outro lado, não faz parte dessa preferência nacional seja por um problema cultural [aqui se prefere macarrão mais mole], seja pelo preço, geralmente mais alto. “De 1 milhão de toneladas que consumimos de massa seca, apenas 0,3% é grano duro”, disse.
O estudo foi feito no ano passado em mais de 11,3 mil lares brasileiros. No ranking nacional de consumo, as regiões Norte e Nordeste juntas apresentaram o maior índice de compra, responsáveis por 39% do volume de vendas. Em 2018, segundo dados da Abimapi, o volume total de vendas de massas alimentícias no país foi de R$ 916,3 mil toneladas.
O Dia Mundial do Macarrão existe em diversos países e foi criado em 1995 durante o 1º Congresso Mundial de Pasta, em Roma, na Itália. No Brasil, ele foi instituído em 2014.
Agência EBC