O ministro disse que desde que as primeiras manchas surgiram, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação, composto pelo Ibama, Agência Nacional do Petróleo (ANP) , Marinha, vem realizando ações para a retirada do óleo encontrado nas praias sob Coordenação Operacional da Marinha.
“Todo esse trabalho, acompanhado desde o princípio pelo Presidente Jair Bolsonaro, inclui também o monitoramento e a tentativa de localizar as manchas de óleo ainda no mar. Para isso, temos utilizado sistemas de identificação por satélites nacionais e estrangeiros, incluídos sistemas americanos, como EPA, NOAA e Guarda Costeira, além de embarcações, sobrevoos diários de helicópteros do Ibama, da Força Aérea, da Marinha, juntamente com aviões radar”.
Apesar do esforço contínuo e ininterrupto, Salles explicou que desde o começo não tem sido possível identificar as manchas de óleo ainda no mar, por tratarem-se de um material pesado, que se movimenta a cerca de 1 metro e meio abaixo do nível da superfície, impossibilitando a identificação e rastreamento, seja pelos sistemas de satélite e radar, ou mesmo na tentativa de visualização por barcos, aviões e helicópteros.
“Tal dificuldade faz com que as manchas de óleo somente sejam identificadas quando tocam a costa. Inúmeras alternativas como barreiras físicas e produtos bioquímicos foram experimentadas até o momento, mas sem que obtivessem os resultados pretendidos.”
Salles explicou que está sendo feito todo esforço para identificação, monitoramento e retirada do óleo das praias. Junto com isso, há intensa investigação sobre as causas e origens desse incidente pela Marinha do Brasil, Guardas Costeiras estrangeiras e Polícia Federal. O ministro disse que amostras do material coletado foram analisadas em laboratórios especializados, que identificaram que este material não foi extraído do território nacional, mas provem de poços e misturas de origem venezuelana.
“Desse modo, o Presidente da República determinou que fosse encaminhada solicitação formal à OEA – Organização dos Estados Americanos para que a Venezuela se manifeste sobre o material coletado”.
Trabalho Conjunto
Cinco mil homens das Forças Armadas se juntam aos mais de 3.500 que atuam desde o início na operação empregados pela Marinha, Ibama, Petrobras e demais órgãos federais, cujos quadros, foram ainda complementados por servidores de órgãos municipais e estaduais. Além da ajuda de voluntários e entidades que se juntaram na missão.
“Com a ajuda de todos, as nossas praias vêm sendo limpas praticamente no mesmo dia, sendo restabelecidas as condições para o turismo e a segurança dos visitantes e moradores, além da correta destinação do óleo coletado. Ao agradecer a todos os colaboradores e voluntários, ressaltamos a importância de comunicar com a máxima brevidade às autoridades sobre o surgimento de novos pontos de óleo na costa brasileira, e ainda, o imprescindível uso de equipamentos de segurança adequados no caso de participação na retirada do óleo encontrado".