Governo do Estado reúne prefeitos para articular recursos junto a união
22/01/2019 09:48 em Variadas

O governo do Estado mobilizou municípios castigados pelos temporais com o objetivo de agilizar a captação de recursos federais para auxiliar os desabrigados. Os prefeitos de Alegrete, Dom Pedrito, Quaraí, Rosário do Sul, São Francisco de Assis, São Gabriel e Uruguaiana, que possuem decreto de emergência homologado, foram recebidos nesta segunda-feira (21) no Palácio Piratini.

"O Estado tem feito tudo o que pode, mas o volume de recursos para reconstrução das cidades deve vir do governo federal. Por isso, quanto mais nós conseguirmos nos articular e concentrar os esforços, mais força teremos em Brasília", afirmou o governador Eduardo Leite, ao recepcioná-los no gabinete da Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

 

Encontro reuniu prefeitos das sete cidades com decreto de emergência homologado pelo Estado
Encontro reuniu prefeitos das sete cidades com decreto de emergência homologado pelo Estado - Foto: Divulgação/Defesa Civil

 

A reunião foi coordenada pelo secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Rodrigo Lorenzoni, e pelo chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Julio Cesar Rocha Lopes. Num primeiro momento, foi feito um balanço da ajuda humanitária fornecida pelo Estado até agora, o que inclui quatro lotes com milhares de arrecadações às famílias, principalmente de roupas e alimentos.

"Priorizamos o atendimento à população, agora, chegou a hora de reconstruirmos as cidades. Os pontos mais críticos são as estradas, muitas delas destruídas ou interrompidas, assim como pontes e pontilhões, o que é grave, porque estamos em época de iniciar o escoamento da safra e, logo mais, de reinício das atividades escolares", destacou o coronel Rocha.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, para evitar que os prejuízos se intensifiquem, serão reivindicados na União recursos principalmente para horas-máquina voltadas à das rotas e, também, ajuda para que o Exército auxilie nos trabalhos sem onerar as prefeituras com custos - como combustível. Essas demandas pautadas na reunião serão levadas de forma articulada pelos prefeitos, juntamente com representantes do governo do Estado para Brasília, para a Defesa Civil Nacional e para o Ministério da Integração.

Prevenção a desastres

O secretário de Articulação e Apoio aos Municípios esteve em Brasília na semana passada e obteve a informação de que Orçamento do próximo ano deve prever recursos, através do Banco Mundial, para projetos de prevenção a desastres naturais. "Nós, no Rio Grande do Sul, sofreremos todos os anos com enchentes, assim como secas. Nos adiantarmos a essas ocorrências é uma maneira de evitarmos prejuízos tão grandes", ressaltou Lorenzoni.

Ainda durante o encontro no Piratini, o deputado estadual Frederico Antunes, líder do governo na Assembleia, sugeriu que seja realizada uma reunião com lideranças da Federarroz, Farsul e Fetag-RS para definir ações de socorro aos agricultores da Fronteira, do Noroeste e da Campanha atingidos pelos temporais, procurando ainda articular ações de ajuda àqueles que tiveram grandes prejuízos em suas lavouras.

Passa de 10 mil número de atingidos

Já são 25 municípios castigados pelas fortes chuvas desde o dia 9 no RS. No total, conforme o balanço mais recente da Defesa Civil, são mais de 10 mil pessoas atingidas, sendo 5 mil desalojados, 1,5 mil desabrigados e 3,5 mil com danos em suas casas. Além disso, já foram registradas quatro mortes em virtude do mau tempo - duas em Alegrete, uma Santana da Boa Vista e a mais recente, no sábado (19), em Quaraí.

A boa notícia é que o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) cessou o alerta hidrológico para o Rio Grande do Sul, informando que há tendência de normalização do nível dos rios. No entanto, reflexos da cheia ainda poderão ser sentidos pelos próximos quatro dias em toda a região da Fronteira Oeste, especialmente no Rio Uruguai.

A Defesa Civil do Estado permanece em constante monitoramento e, em caso de alteração do cenário de risco local, novos alertas poderão ser emitidos.

Fonte : Secom /Governo do Rio Grande do Sul

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