O elo entre a comunidade e o agente comunitário de saúde
Variadas
Publicado em 11/01/2023

Representando a cidade do Rio Grande, no livro “Caminhos da Saúde” que retrata o perfil de 31 agentes comunitários espalhados por todas as regiões do país, lançado em 2022, está presente a moradora do bairro Castelo Branco e agente comunitária de saúde, Maria Elena Rodrigues. No livro relata a trajetória profissional em realizar atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças no bairro Castelo Branco.  

Nascida no interior de Canguçu em 1968, a agente veio para Rio Grande com quatro anos de idade. Na época, a família Rodrigues veio em questão da forte seca do interior e das dificuldades que enfrentavam, com a expectativa de uma qualidade de vida melhor na busca de empregos, trabalhando na indústria de conservas Manoel Pereira de Almeida. 

“Vim de uma família carente com toda dificuldade que encontrávamos na época, tendo pouco acesso a saúde e todas os outros aspectos o que me deu mais vontade de ser uma agente comunitária da saúde”, destaca Maria Elena. 

Com 26 anos de profissão, trabalhando na prevenção e orientação em relação a saúde, Maria começou a entender o que era saúde pública e que importância teria neste trabalho como agente comunitária. A profissional viu a chance de aprender e fazer a mudança para depois ajudar no início da multiplicação desse serviço.  

Maria construiu um elo forte com a comunidade que atende no bairro Castelo Branco, pois quando foi morar e depois trabalhar no bairro, encontrou uma situação insalubre, sem saneamento básico e cuidados na prevenção de doenças. 

“No começo não foi tão fácil, pois havia uma desconfiança dos moradores com uma pessoa diferente entrando dentro da sua casa, tentando saber como era o dia a dia. O que mais me aproximou deles foi o fato de eu fazer parte da comunidade da Castelo Branco há mais de 32 anos, porque enfrentamos os mesmos problemas”, complementa a agente comunitária.  

O agente comunitário de saúde, além de ajudar na orientação e prevenção de doenças, possui um papel muito importante no acolhimento, pois é membro da equipe que faz parte da comunidade, o que permite a criação de vínculos mais facilmente, propiciando o contato direto com a equipe. 

“O que mais me aproximou dos moradores foi ter emprestado o meu ouvido para escutar e tentar me colocar no lugar dessas pessoas. Praticar a empatia é essencial no trabalho do agente, mas principalmente o que nos aproxima da comunidade são as visitas domiciliares, saber, entender e participar da rotina daquela família – obviamente nunca invadindo o espaço pessoal. Quando mais tempo passa, maior ficará esse elo construído com a comunidade”, diz Maria Elena Rodrigues, agente comunitária de saúde.

Assessoria -- PMRG

 

Comentários