Setembro amarelo: suicídio e deficiências
09/09/2021 21:13 em Variadas

10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

De acordo com dados da Organização Pan Americana da Saúde, quase 1 milhão de pessoas vivem com algum tipo de transtorno ou sofrimento mental, sendo que 3 milhões de pessoas morrem todos os dias devido ao uso nocivo do álcool e uma pessoa morre a cada 40 segundos por suicídio. Alguns estudos científicos comprovam que o risco de suicídio ou doenças psiquiátricas na população com deficiência é superior a média geral, é quatro vezes maior o índice de suicídios no grupo de pessoas com uma ou mais deficiências. No Brasil, o suicídio é a quarta maior causa de mortes.

Conforme dados do Departamento de Informática de Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde/DATASUS/MS, a taxa de óbitos por suicídio foi de 6,13 por 100 mil habitantes (2016). A presença de deficiência/transtorno (física, intelectual, visual, auditiva, transtorno mental e de comportamento) foi identificada em 49%das pessoas que tentaram suicídio. No Brasil, cerca de 26% possuíam alguma deficiência. Todo suicídio é multicausal, ou seja, possui vários fatores.

Os comentários depreciativos, as limitações diárias, falta de acessibilidade, empregabilidade, acesso aos estudos, ausência de uma educação inclusiva que ensine noções de cidadania, respeito e convivência, provocam nas pessoas o sofrimento, pensamentos negativos, incompreensão, não reconhecimento de si, esgotamento e muitas vezes levando a atitudes mais drásticas contra si mesmo como forma de acabar com tudo isso.

Setembro é o mês voltado para a conscientização e prevenção do suicídio. Desde de 2003, o dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil a campanha foi instituída em 2015 pelo Centro de Valorização a Vida, Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria. O principal foco é a conscientização sobre a prevenção, buscando alertar a população sobre a realidade da prática.

Para o movimento a melhor forma de se evitar o suicídio é o diálogo, discussões e ações sobre o tema. É uma questão de saúde pública que não pode ser ignorada. Rio Grande oferece serviços que atendem a requisitos específicos para atender aos que precisam de acompanhamento especializado para lidar com os sentimentos que levam a prática. Como já foi mencionado, os transtorno/sofrimentos mentais associados às deficiências podem levar a esta prática. O município disponibiliza dos Centros Psicossociais, espaços onde se procura entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles.

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Programa Saúde do Deficiente

Secretaria de Município da Saúde (SMS) – Prefeitura do Rio Grande

 

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